sexta-feira, 2 de abril de 2010

Artilharia da Copa do Mundo de 1954

Olá, amigos!!

Seguindo a nossa série sobre a Copa do Mundo falaremos agora da Copa de 1954, na Suíça. Que Copa foi essa, amigos!!! Os suíços e os torcedores dos outros países tiveram o privilégio de assistir uma verdadeira "tempestade" de gols e também de jogos emocionantes de tirar o fôlego.

Podemos dizer que essa Copa teve um roteiro digno de um filme de Hollywood. Teve comédia pastelão protagonizada pela seleção escocesa que de tão atrapalhada e horrorosa que estava e ainda por cima, com a comissão técnica metendo o bedelho a todo momento em seu trabalho, o técnico Andy Beattie não aguentou o rojão e se demitiu durante a Copa. Teve ação e suspense protagonizados por ingleses e uruguaios nas quartas-de-final e pelos austríacos e suíços nessa mesma fase. Teve magia e fantasia, protagonizada pelos arrasadores húngaros que encantaram a torcida com suas jogadas e bom futebol e como todo bom filme de Hollywood, teve o seu Grand finale protagonizada pelos valentes e heróicos alemães que conseguiram uma vitória surpreendente sobre os franco-favoritos húngaros na final. Um verdadeiro milagre o que ocorreu em Berna mesmo.

Quanto ao Brasil, a Copa de 1954 foi de altos e baixos. Porém, protagonizou uma das cenas mais lámentáveis da História das Copas, a célebre "Batalha de Berna" contra os húngaros. Foi um quebra-pau digno de Ultimate Fighting, sem dúvida. Podemos dizer, nesse caso, que o Brasil perdeu na bola e na bolacha.

Quanto aos húngaros, tiveram o consolo de ficar com o artilheiro da Copa de 1954 que mostraremos na lista a seguir:

Com 11 Gols: Kocsis (Hungria)

Com 6 Gols: Morlock (Alemanha); Probst (Áustria); Hugi (Suíça)

Com 4 Gols: Ottmar Walter, Rahn e Schafer (Alemanha); Hidegkuti e Puskás (Hungria); Ballamann (Suíça); Borges (Uruguai)

Com 3 Gols: Fritz Walter (Alemanha); Stojaspal e Wagner (Áustria); Anoul (Bélgica); Czibor (Hungria); Lofthouse (Inglaterra); Burhan e Suat (Turquia); Hohberg e Miguez (Uruguai)

Com 2 Gols: Alfred Korner e Ocwirk (Áustria); Didi, Julinho Botelho e Pinga (Brasil); Lantos e Palotas (Hungria); Broadis (Inglaterra); Lefter (Turquia); Abbadie e Schiaffino (Uruguai)

Com 1 Gol: Hermann, Klodt e Pfaff (Alemanha); Coppens (Bélgica); Baltazar e Djalma Santos (Brasil); Kopa e Vincent (França); Joszef Toth (Hungria); Finney, Mullen e Wilshaw (Inglaterra); Boniperti, Frignani, Galli, Lorenzi, Nesti e Pandolfini (Itália); Milutinovic e Zebec (Iugoslávia); Balcázar e Lamadrid (México); Fatton (Suíça); Erol (Turquia); Ambrois e Obdúlio Varela (Uruguai)

Gols Contra: Dickinson (Inglaterra) a favor da Bélgica; Horvath (Iugoslávia) a favor da Alemanha; Cardenas (México) a favor da França; Cruz (Uruguai) a favor da Áustria

Notas da Copa: Foram marcados nesta Copa 140 gols em 26 jogos, com uma média excepcional de 5,4 gols por jogo, recorde até hoje não superado. Somente na Copa de 1982 é que o número de gols foi superado para 146, mas a média é menor devido a mais jogos.
Na "Batalha de Berna", ops, no jogo contra a Hungria, o gol de Julinho Botelho foi o de número 50 do Brasil na História das Copas do Mundo. Aliás, foi um dos mais belos da Copa com um chute em curva no bico da grande área, segundo os registros.
Coréia do Sul, Escócia e Tchecoslováquia não marcaram gols nesta Copa.
A Copa de 1954 também foi marcada por inúmeros hat-tricks, entre os quais os dois que Sandor Kocsis anotou contra a Coréia do Sul e contra a Alemanha, em que marcou quatro gols. Um recorde até hoje não superado. Além de Kocsis, anotaram também o feito: Burhan, da Turquia (três gols contra a Coréia do Sul), Morlock, da Alemanha (três gols contra a Turquia sendo que um deles ainda foi o de número 400 da história das Copas), Probst e Wagner, da Áustria (três gols contra a Tchecoslováquia e a Suíça respectivamente), Borges, do Uruguai (três gols contra a Escócia) e Hugi, da Suíça (três gols contra a Áustria).
O jogo Áustria 7 x 5 Suíça é até hoje o maior número de gols em um só jogo na História das Copas do Mundo.
Ottmar Walter e Fritz Walter foram os primeiros irmãos a marcarem gols em uma mesma Copa do Mundo.

Até a próxima, com a Copa de 1958, na Suécia.

Um comentário:

Jorge Costa disse...

Muito legal essas histórias de casos ocorridos na competição e esse fato dos escoceses eu não sabia e vem muito acrescentar e suas postagens
Abraços