sexta-feira, 30 de maio de 2008

do fundo do baú


Romeu pelliciari
No dia 29 de Setembro de 1938, num domingo, Fluminense e Madureira jogaram no Estádio das Laranjeiras pelo 1ºturno do campeonato carioca e os tricolores saíram vencedores pelo placar de 3 tentos a 2. Nesse ano Fluminense levantou o caneco de campeão pelo terceiro ano seguido.


Principais artilheiros do campeonato


Carvalho Leite (BOT).......... 16 gols
Leônidas da Silva (FLA)...... 16 gols
Ozeas (MAD)...................
13 gols
Pascoal (BOT)................ 13 gols
Tim (FLU).................... 12 gols
Plácido (AME)................ 11 gols
Hércules (FLU................ 10 gols


O Jogo


FLUMINENSE(RJ) 3 X 2 MADUREIRA(RJ)
Data:
25 / 09 / 1938
Campeonato carioca
Local: LaranjeirasJuiz: Carlos de Oliveira Monteiro
Gols: Romeu(2), Sandro; Baleiro
FLUMINENSE: Nascimento, Moisés, Guimarães, Milton, Brant, Orozimbo, Bioró, Romeu Pelliciari, Sandro, Tim, Hércules / Técnico: Carlos Carlomagno / Ondino Vieira
MADUREIRA: Ananias, Tuíca, Cachimbo, Otacílio(Gringo), Paulista, Alcides, Paulista, Adilson, Amaro(Baleiro), Oséas(Amaro), Jair Rosa Pinto, Arubinha.


O Craque: Romeu Pelliciari


Romeu Pelliciari nasceu na cidade paulista de Jundiaí no dia 26 de março de 1911. Faleceu em 15 de julho de 1971 em São Paulo. Depois dos quinze anos foi jogar no mais famoso clube da sua cidade, o São João. Seu grande sonho era jogar no Palestra Itália, hoje, Palmeiras. E atingiu seu objetivo em 1930. No Parque Antártica foi tri campeão paulista nos anos de 1932/33/34. Na seleção paulista foi bi campeão brasileiro nos anos de 1933/34. E foi depois deste titulo que começou a interessar ao Fluminense. Romeu era um estilista que não gostava de abusar do drible. Para ele, o drible tinha hora certa.

Gordo e careca, não tinha jeito de jogador de futebol. Mas, tocando de primeira, abrindo passes para as pontas e aparecendo na área para receber de volta, Romeu era um craque inigualável. Como era filho de italiano, muitos foram os convite para Romeu jogar na Europa. Napoli, Genova e Lazio foram os clube que tentaram contratá-lo. O pai queria que ele fosse jogar no futebol italiano. Romeu, entretanto, preferiu o desafio no Rio de Janeiro. Indo para o Fluminense, estava mais perto da família. E quando chegou nas Laranjeiras foi logo sendo tri campeão carioca nos anos de 1936/37/38 e virou ídolo nacional. Disputou o mundial de 1938 na França. Sempre preferiu correr com a bola colada ao pé. Indagado sobre esta característica, Romeu disse que futebol se joga com a bola, sem ela não era nada.

Gostava de inventar jogadas, dribles como o que o jornalista Mário Filho chamou de drible do canguru: fingia que iam não ia e terminado indo, deixando o adversário sem ação. Versátil, se necessário, jogava na frente abrindo as defesas. No meio campo, ditava o ritmo a base de toques. Gordinho mas vaidoso, gostava de esconder sua calvície com gorros. Em 1942 voltou para São Paulo e ajudou o Palmeiras a conquistar outro titulo de campeão. Depois passou pelo Comercial do São Paulo, retornou ao Parque Antártica e encerrou sua carreira em 1947. Já era dono da famosa Cantina do Romeu onde se entregava a outra paixão, as massas.

Na campanha do tri-campeonato carioca Romeu jogou 56 vezes e marcou 22 gols
Romeu marcou 106 gols em 150 jogos com a camisa do Palmeiras obtendo 101V,22E e27D

Carreira Clubes
1928-1929: São João-SP
1930-1934: Palmeiras-SP
1935-1942: Fluminense-RJ
1942: Palmeiras-SP
1943-1944: Comercial-SP


Títulos por equipe


Campeonato Paulista: 1932, 1933, 1934, 1942
Torneio Rio - São Paulo: 1933
Campeonato Carioca: 1936, 1937, 1938, 1940, 1941

Artilheiro do campeonato paulista: 1934

Um comentário:

Diego Louzada disse...

Bom trabalho, Jorge. Nunca tinha ouvido falar desse jogador, mas vir aqui sempre é uma grande chance de aprendermos sobre o passado.
Abraço!